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Edição #10: marketing a lá Copa, o poder do conteúdo e um novo website
Vocês já tiveram aquela sensação de quanto mais atarefado está nosso dia, mais produtivo ele acaba sendo? Parece que quando temos muitas coisas na nossa to do list, com mais facilidade entramos no ritmo de “ticar” todas as pendências. É exatamente assim que me sinto equilibrando maternidade com minha volta gradual à vida profissional pluuuus os afazeres do cotidiano.
Muitas amigas, algumas que também estão vivendo o universo da maternidade e sabem o quão puxado é, me perguntam como é a experiência de “maternar” em um país como os EUA em que culturalmente, não é tão comum contar com ajuda no dia a dia do jeito que estamos acostumados no Brasil.
Eu tenho sorte de ser uma pessoa extremamente organizada e uso isso a meu favor. Mas dia desses, ouvindo um episódio do podcast Mil e uma TrETAS, ouvi sobre a “Filhos no Currículo”, uma iniciativa que acredita que a mulher, quando vira mãe, ganha também habilidades que o mercado de trabalho precisa. E SEM DÚVIDAS, gestão de tempo é uma dessas muitas habilidades que estou desenvolvendo “na raça”.
Quando for a hora de voltar para a vida profissional full time, sinto que vou estar mais do que pronta. Especialmente depois de criar um baby no exterior (risos). Brincadeiras a parte, uma coisa não da pra negar: a maternidade por si só, independente de onde, ajuda a desenvolver nosso senso de gerenciamento e liderança que, com certeza, são habilidades que deveriam ir parar no nosso CV!
Na edição de hoje:
Copa no Qatar: Marketing & Controvérsias
O futuro é feito de conteúdo?
Um website novinho em folha
Tempo de leitura: 6 minutinhos
Copa no Qatar: Marketing & Controvérsias
Meu objetivo hoje é trazer alguns highlights do mundo da propaganda para inspirar vocês, aproveitando para ressaltar a quantidade de menção que a Web3.0 já está tendo entre as grandes marcas. Mas antes, é inevitável não comentar sobre as controvérsias que estão girando em torno dessa Copa do Mundo no Qatar.
Sabe-se que o país, riquíssimo por conta de petróleo, investiu muito dinheiro para sediar o torneio de 2022, além de ter passado os últimos 10 anos se preparando para esse momento. A intenção é colocar o Qatar no mapa. Seja para turismo, ou mesmo oportunidades diplomáticas. Acontece que o país, que vem tentado se vender como diverso e amigável (a cerimônia de abertura teve muito este apelo), esqueceu que antes de falar, você precisa de fato ser.
Do que adianta se dizer amigável e diverso, tendo a homosexualidade como crime, e o direito das mulheres praticamente inexistente?
O resultado ao meu ver está sendo inverso. Além dos muitos boicotes que a Copa no Qatar sofreu/está sofrendo, a mídia ao redor do mundo tem se mobilizado muito para apontar essas controvérsias e questionar a genuinidade das ações e mensagens de "estamos de braços abertos para o mundo”.
E indo além, essa é uma lição facilmente aplicável para realidade de empresas que tentam vender uma imagem da qual muitas vezes não conseguem sustentar. Para construir uma determinada imagem, um posicionamento, é preciso, primeiramente, ter intenções genuínas. Não apenas dizer que faz para sair bem na fita. Porque mais cedo ou mais tarde, essas empresas, marcas, país, ou quem quer que seja que esteja buscando construir tal imagem, acaba dando com os pés pelas mãos. Assim como está acontecendo com o Qatar.
Agora, vamos aos destaques criativos…
Fazendo uma referência ao Metaverso, a campanha Nutmeg Royale #ThirstyForMore da Pepsi para a Copa do Mundo contou com craques do futebol em uma partida contra locais do que parece ser algum lugar do Oriente Médio (provavelmente o Qatar?). Mas pra mim, o que deu um toque de contemporaneidade para a campanha foi o apelo de gamificação, combinado com a participação do influenciador Luva de Pedreiro.
O mais recente anúncio de campanha da Nike, Footballverse (uma analogia ao Metaverso), usou gráficos de computador para colocar estrelas do futebol em uma partida contra outros jogadores lendários para determinar quem é o melhor. Estrelando o jogador francês e estrela do PSG Kylian Mbappé, os lendários Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno além de outros grandes nomes. O anúncio visa mostrar que cada geração de atletas deixa uma "marca” única no jogo, além de expandir o esporte e inspirar futuras gerações a também deixarem sua marca.
Seguindo uma pegada bem mais clássica, característica das marcas de luxo, a recente campanha da Louis Vuitton foi lançada um dia antes da estréia da Copa do Mundo 2022. Estrelando Cristiano Ronaldo e Messi, duas grandes lendas do futebol desta geração, a foto, que de maneira muito elegante, traz uma importância e uma valorização tática para o futebol associando-o a uma partida de xadrez que nesta imagem é jogada em cima da mala da grife francesa. Além disso, a imagem nos da a entender que Argentina e Portugal estariam analisando táticas do jogo da final da Copa, já que a taça é transportada dentro de uma Louis Vuitton.
A Pantone deu uma aula de criatividade e posicionamento, levantando a bandeira branca, em nome da paz, no Qatar, porém com os códigos de referência das cores da bandeira LGBTQA+, já que o Qatar proibiu que a mesma fosse promovida no país. Para se fazer presente, sem deixar de mostrar seus valores, a marca se uniu a ONG Stop Homophobic e lançou a campanha Colors of Love. Simplesmente GE-NI-AL.
Mesmo tendo investindo 75 milhões de dólares à Fifa, a Budweiser, que é patrocinadora oficial da Copa do Mundo 2022, foi surpreendida com a notícia de que não vai poder vender cerveja com álcool nos estádios e arredores. O resultado? Uma reviravolta criativa e inspiradora que foi colocar a marca no patamar de prêmio/ objeto desejo criando sua própria competição para doar todo estoque, que seria destinado aos estádios, ao país campeão. É ou não é uma estratégia inteligente? E claro, gerou um buzz absurdo.
Essa última é especial. A série Ted Lasso, fez uma ação com o time dos Estados Unidos, e deixou recados motivacionais para os jogadores, espalhados em banners, nas suas cidades natais. Muito fofo e super a cara da série! Um jeito criativo de trazer a trama para a vida real. Ps: se você ainda não assistiu Ted Lasso, essa é a sua deixa! Ta no AppleTV.
O futuro é feito de conteúdo?
Há algumas semanas atrás, li uma análise interessantíssima, escrita pelo Lucas Abreu, da “abreu newsletter”, sobre o movimento que empresas estão tendo ao adquirirem empresas de mídia – O que, by the way, já era algo que eu vinha notando.
Em uma realidade onde a briga pela atenção das pessoas está se tornando cada vez mais desafiadora, conseguir, de fato, esse olhar dos consumidores virou caso de vida ou morte. Parafraseando a abreu, que por sua vez parafraseou a The Jungle Gym:
Atenção é como oxigênio para marcas. Aqueles que conseguem capturar ganham uma chance na vida, enquanto aqueles que não conseguirem vão desaparecer.
O problema é que hoje existe cerca de 2.5 quintilhão de bytes (aka conteúdo) sendo produzido diariamente na internet. Portanto, “a barra para ter a atenção é muito mais alta do que já foi.”
E vamos combinar que como consumidores modernos e usuários ativos da internet, para conseguir nossa atenção, a solução, de fato, é apresentar um conteúdo que seja relevante, que conecte e que, de alguma forma, agregue. Por isso o movimento das marcas de adquirir veículos de mídia é criar mais oportunidades de alcançar essa tal relevância – Isso explica um pouco o "boom” das newsletters.
Alguns cases brasileiros que compravam o que estamos falando…..
Magazine Luiza comprou: a) Jovem Nerd, plataforma de mídia de cultura pop, pela Magazine Luiza , b) Steal The Look, plataforma de moda, beleza e cultura c) Canal Tech, portal sobre tecnologia
BTG comprou a Exame, revista tradicional de negócios.
Revelo adquiriu o podcast CTO Talks, focado em educar líderes de tecnologia.
Tractian, SaaS para eficiência industrial, se tornou sócia da: a) Revista da Manutenção, b) Predyc, plataforma mexicana de capacitação para profissionais da indústria c) Clube do Técnico, portal de conteúdo e cursos de formação técnica.
XP comprou a Infomoney, portal do mercado financeiro
Conta Simples investiu na Startups.com, portal de conteúdo sobre tecnologia e startups.
Centauro comprou por R$ 60 milhões NWB, produtora dos canais de youtube Desimpedidos e Acelerados.
Cannect adquiriu a plataforma de conteúdo sobre Canallize, sobre educação canábica.
Há também as marcas que estão optando por construir seu próprio canal, ao invés de comprar empresas de mídia. O que, trazendo para a realidade dos pequenos empreendedores, pode ser a solução já que exigiria apenas um investimento de tempo de uma equipe de marketing dedicada a isso.
Para um conteúdo mais aprofundado sobre o assunto, deixo o link da edição da abreu newsletter que, como dito no começo, foi minha fonte de inspiração e informação para esta matéria. *Todos os exemplos trazidos aqui foram extraídos de lá!
Marketing Interno: Um website novinho em folha s2
Aproveitando esse meu espaço exclusivo e alcance sem interferências, trago a vocês a notícia de que meu site passou por um super rebranding e tá novinho em folha. Lá vocês vão encontrar algumas novidades e informações sobre meu mini-curso de Marketing para Pequenos Empreendedores, terão acesso a alguns projetos de Branding assinados por mim, além da agenda de projetos para 2023. Espero que gostem e se gostarem, divulguem s2