Hello News 📮| Aquela com o novo nome
Edição #9: Marketing & maternidade, Be.Real e 5 insights empreendedores
Hello queridos,
Hoje escrevo pra vocês como uma pessoa muito, mas muito diferente da Ana Luiza autora da última news. A começar que hoje carrego um título que por muito tempo persegui: sou oficialmente mestre em marketing internacional.
Pra quem é novo por aqui, vou recapitular um pouquinho:
Setembro 2020
O ano em que fui aprovada para começar em Boston um mestrado de Marketing Internacional. Por conta de COVID19, a embaixada dos Estados Unidos suspendeu a emissão de vistos e mesmo eu estando de volta ao Brasil com entrevista agendada no consulado, nada adiantou. Não consegui meu visto de estudante e voltei para Michigan (estado onde morava na época) do mesmo jeito que vim: de mãos vazias e um sonho que precisou ser postergado por 1 ano.
Setembro de 2021
12 meses que rapidamente se passaram e já em 2021, pousei novamente em SP para minha nova entrevista de visto já que o consulado abriu excessão para casos como o meu. Agora, com o visto aprovado e em mãos, embarco de volta aos EUA, mas desta vez rumo a Boston, para mergulhar de cabeça na minha maior conquista dos últimos tempos (até aquele momento).
Corta para Outubro de 2022
Não sei como funciona para vocês, mas eu rejo minha vida baseada nos meus grandes sonhos. Elejo um como o principal, e canalizo minhas energias para fazer aquilo acontecer. Sem pressa, sempre respeitando o tempo das coisas. Gosto do processo de sonhar, buscar, conquistar e trabalhar pra fazer algo acontecer. Uma vez conquistado o meu grande objetivo da vez, é a hora de subir outro para a 1º posição.
No ano dos meus 30, me tornei mãe de um menino, Antonio, que me transforma diariamente. De um jeito sútil e mesclado de “cotidiano”, ele tem me mostrado como a vida tem um significado muito mais profundo do que nossa profissão, e como todo aquele "lerô lerô” que ouvia sobre maternidade, é o sentimento mais real e compartilhavél que nós mulheres podemos sentir.
Hoje, o meu desafio virou outro: mãe e marketeira. Como administrar esses dois papéis que trazem tanto sentido a minha vida? Será que me tornei uma daquelas mães de podcasts que vivem no dilema maternidade vs profissão? Como administrar tudo? Como driblar o cançaso? Como balançear a minha nova vida? Como acomodar o mais novo eu em um cotidiano que antes cabia uma Ana Luiza com menos bagagem?
Isso eu vou descobrir. Por hora, vou retomando o que dou conta, enquanto compartilho um pouco desse novo desafio com vocês.
Agora, vamos falar de marketing!
Nesta edição:
- Insights empreendedores
- Documentário Victoria's Secrets
- Sobre a nova rede Be.Real
Tempo de leitura: 7 minutinhos
Insights empreendedores 💡
1 - Experiência não sai de moda
Melhor do que contar, é transportar. Melhor do que imaginar, é experimentar. Experiência é o novo luxo. Experiência é o novo Branding. Não consigo ver estratégia melhor do que aquela que você cria ambientes e desperta sensações no seu cliente. Construir uma marca é desenhar na cabeça das pessoas tudo que sua marca representa. Lembre-se dos 5 sentidos. Qual o cheiro? Qual o gosto? Qual a melodia? Quais são as cores? Qual é a textura? Marketing Real é 360º.
2 - Organização mental é a base de qualquer negócio
Não adianta pensar o contrário. Começar uma empresa exige muito da nossa energia, da nossa dedicação. Os assuntos burocráticos vão demandar muito sua atenção, você vai precisar olhar para a sua equipe e para as funções e obstáculos de cada um, fora o atendimento aos clientes que não pode parar. Então antes de nos entregarmos a essa correnteza que nos puxa com muita força, lembre-se que nós, donos de negócios, somos o esteio da empresa.
Eu sei que organização não é natural para todos. Mas tente! Organize seus dias, suas semanas, seus meses. Entenda a hora de parar, a hora de se dedicar mais, a hora de focar na sua equipe, a hora de dar um gás na prospecção de clientes. A palavra chave é organização. Não se sufoque com a demanda dos seus clientes. Aprenda a falar “agora não", ou “amanhã quando voltar ao escritório vejo isso para você".
Lembre-se que você se doar ao máximo para seus clientes pode não ser tão vantajoso assim. Todas as vertentes do seu negócio precisam da sua atenção para continuarem fluindo com saúde. Inclusive você mesmo.
3 - Deixe as pessoas saberem sobre o momento e as intenções da sua marca.
O que parece obvio para você, pode não ser para outra pessoa. Por passarmos muito tempo pensando sobre um determinado assunto, ele pode começar a soar repetitivo. Mas lembre-se: o obvio só é obvio para o olho treinado, só é obvio para aquele que passou muito tempo pensando sobre o assunto. É importante comunicarmos, sem medo, nossos planos e intenções como marca, por mais redundantes que eles pareçam.
Nossos clientes precisam entender o momento, e saber o que esperar de nós e do nosso negócio. A transparencia gera a conexão, cria a intimidade entre seu público e sua marca. E quando cria-se intimidade, é de se esperar um retorno, um voto de confiança, traduzido em uma compra, contratação de serviço ou uma valiosa recomendação por simplesmente se identificar com o que você transparece.
4 - É melhor uma comunidade engajada do que uma comunidade grande
Do que adianta ter 100 mil pessoas te acompanhando, sendo que elas não se identificam com você ou são potenciais consumidores? É muito mais valioso fomentar advogados de marca ao invés de apenas curiosos que estão ali para fazer numero. E vamos combinar? Com a maturidade vamos entendendo e preferindo qualidade a quantidade. Para tudo! Inclusive followers.
5 - A sua Identidade Visual vai ser consolidada com o tempo
Liderando projetos de Identidade Visual, percebo que as pessoas esperam que de cara, a marca recém desenvolvida traga consigo uma familiaridade nata, assim como o M amarelo faz para o McDonalds, ou a sereia verde (que muitos nem sabem que é uma sereia) faz para o Starbucks.
Rola uma expectativa grande e uma falsa ideia de que, ao batermos o olho na nossa marca pela primeira vez, ela vai parecer familiar, assim como tantas outras que estamos acostumados. A questão é que a identidade visual de uma marca precisa de\ um tempo para ser consolidada e vinculada com aquele nome, com aquela empresa.
Leva-se tempo para criar intimidade com a simbologia escolhida.
Por trás da combinação de nomes, tipografias e cores, precisa existir um trabalho profundo de posicionamento, para aí sim fixar-se na cabeça das pessoas associando aquela identidade a uma personalidade. E então, passar a enxergar aquele logotipo como algo familiar.
Para assistir 📺
Victoria's Secret Angels and Demons
A marca que conquistou o coração de todas nos anos 90 e 2000, sofreu as duras consequencias de não ter acompanhado as mudanças de seus consumidores, além de sustentar condutas extremamente machistas e sexistas, imcabíveis e inaceitaveis nos dias atuais. A Victoria Secrets é um dos grandes cases de marketing estudados durante meu mestrado de markeing internacinal, muito pelo posicionamento construido que levou a marca da glória, as trevas.
Para meus leitores que se encontram nos Estados Unidos, vocês encontram a série documental no Hulu. Para o pessoal que está no Brasil, o documentário ainda não foi lançado, mas já vi um dos episódios no Youtube. Acredito que em breve chega nas principais plataformas de streaming. Já deixa anotado!
Final notes: O reposicionamento “as pressas” da Victoria's Secrets foi analisado por mim, no último ano, em uma outra edição dessa news. Para os interessados, deixo aqui o link para uma bem-vinda releitura.
Be.real what? 🪞
E quando a gente acha que não tem mais o que inventarem, uma nova social media –que não se intutula como social media – chega para criar espaço para compartilhamento de momentos reais. Sem filtros ou muito planejamento.
A rede social que funciona com tempo limite para você publicar foto do seu exato momento, mostra que o incômodo que há tanto tempo abordavamos sobre o imediatismo e falta de realismo da internet, aka Instagram e cia, era um sentimento compartilhado por muitos.
A proposta , super conceitual, soa quase como um protesto ativo de pessoas que estão cansadas do fake, e buscam conexões reais e genuínas com a sua rede de amigos #SaudadesdoInstagramOldSchool.
Mas a pegunta é, seria o Be.Real a rede social que substituiria as outras? Minha resposta é: ainda não. Quem busca o real, também se diverte com o lúdico e portanto está presente nas outras plataformas também. Mas de fato, a Be.Real aponta uma tendência forte no qual as novas gerações se mostram cada vez mais interessadas pelas conexões e pelo momento nu e cru. Pelo genuíno – Algo me diz que eles curtiriam o Orkut rs. Será?
Outro questionamento que deixo é: por quanto tempo essa rede social vai sustentar a proposta inicial e não se deixar ser corrompida pelo mercado gigantesco que eles podem explorar através dos anunciantes, por exemplo?
Links legais 🎃 especial dia das bruxas
☕ Cantinho do chocolate quente - que obviamente repliquei na minha casa
🍫 Business criativo: Chocolate de halloween fácil de fazer
🎢 Disney's scary milkshake
🧀 Taboa de frios para servir durante um gathering de halloween - ou para celebrar com crianças.
🍩 Pra quem estiver em NY para celebrar o Halloween