AA News #7 | 🏐 Aquela com as regras do jogo
Marketing olímpico e TikTok com seus 3 bilhões de downloads
Essa semana descemos para fazer churrasquinho na grelha do prédio aqui em Seattle. Vou falar pra vocês que desde que me mudei para os Estados Unidos, não senti muito essa falta louca da gastronomia brasileira. Especialmente porque nós reproduzimos quase tudo toda semana.
Essa última foi a vez do churrasquinho com farofa e vinagrete, mas tem dias que é feijoada, outros que é o bom e velho arroz, feijão e bife acebolado, tem o dia do bolo de cenoura com brigadeiro, pão de queijo caseiro….Ainda bem. Menos uma coisa para contribuir com a saudade que acaba se tornando inevitável. Especialmente em tempos de COVID19 onde as fronteiras entre os países seguem fechadas.
Voltando ao churrasquinho dessa última semana, estávamos só eu e o Samih. Foi coisa pequena, só pra matar a vontade mesmo. Abrimos uma garrafa de vinho (afinal porque não?) e engatamos nos nossos devaneios rumo ao infinito.
A pauta da vez foi sobre o desafio de empreender. Não sei se todos sabem, mas eu já encarei essa experiencia. Sei o que quero, o que gosto de fazer. Tive minha própria agência de comunicação e hoje sigo como profissional autônoma, junto com a minha recente empreitada que é o podcast que faço junto com a Cris (@mulher.plural).
Eu tenho a sensação de que saber o que quer para si já torna a incessante busca pela realização profissional muito mais simples. Na nossa conversa, estávamos relacionando o ato de empreender com o de deixar sua marquinha registrada no mundo. Não só a marquinha da profissão, mas uma marquinha que mistura entrega, contribuição, competência, impacto, responsabilidade…
Sei que não são todos que tem essa clareza de já saber o fazer da vida. É difícil, eu sei. É um processo e uma constante busca por referências e soluções que façam sentido. Acho que o mais importante de tudo isso é a resiliência. Tanto de trabalhar duro no que você já sabe que ama, quanto buscar algo desconhecido que no final, faça sentido para você.
No meio da conversa me peguei pensando: “Poxa. Logo faço 30 anos, e ainda não cheguei nem perto de onde quero chegar. Conheço gente que ainda não sabe nem o que quer da vida e também tá com a nova década batendo na porta". Felizmente, lembrei de uma frase extraída de um texto narrado pelo Pedro Bial que fez muito sucesso há exatos 18 anos atrás.
Já sabe de qual vídeo me refiro? Bom, pelo sim e pelo não, deixo o link do video anexado na imagem de cima, esperando que os tranquilize ou inspire de alguma forma. É importante nos lembrarmos de vez em quando que alguns podem parecer melhor resolvidos do que nós, mas no fundo, estamos todos sempre em busca de algo que a gente ainda não tenha. Afinal, é isso que nos deixa motivados. Concordam?
Na edição de hoje:
- Olimpiadas estão de volta
- TikTok na boca do povo
Tempo de leitura: 5 minutos
Chegou a hora de dançarmos conforme a música….do TikTok
Não poderia deixar de começar a news de hoje com um dos assuntos mais falados na internet nas últimas semanas: a força que conteúdos produzidos em formatos de vídeo estão ganhando.
Tudo começou com o anúncio feito pelo Head do Instagram, Adam Mosseri, que anunciou as modificações no algoritmo da plataforma afirmando, com toda clareza, que um dos motivos para estarem fazendo os ajustes é a ameaça trazida pela rede social chinesa TikTok.
A prioridade da entrega vai girar em torno, além dos conteúdos em formatos de vídeo, de criadores de conteúdo, perfis que explorem a troca de mensagens através dos close friends e compras através da plataforma.
Eu sei que nada pode soar como uma grande novidade, mas com certeza é tempo de voltarmos a nossa atenção para as tendências trazidas por essa gigante chinesa que fez até o Zuckerberg tremer na base.
Mas vamos dar uns passinhos para trás para entender como tudo começou?
O ano é 2020
A primeira pandemia vista nos últimos 100 anos toma conta do mundo. As pessoas estão em casa, precisando adaptar suas rotinas a uma vida 100% digital. Trabalho, reuniões, entregas, confraternizações. Tudo girando em torno da internet.
Estamos entediados de assistir aos mesmos programas na TV, não tem mais LIVE sertaneja e já zeramos a Netflix. No Instagram, nossos amigos não postam mais nada de novo. Todo mundo em casa, na mesma, sem novidades.
”Ah! Mas eu ouvi falar sobre um aplicativo de dancinhas que está fazendo bastante barulho. Porque não testar? Vamos ver o que é que esse tal de TikTok tem.”
E foi assim que a humanidade foi se entrosando com o mundo conectado, dinâmico e descontraído apresentado por essa nova rede social.
O momento foi propício:
Chegaram quando a maioria das pessoas estavam com tempo para explorar algo novo
Focaram, majoritariamente, em um formato de conteúdo que combine com a juventude prática e comunicativa dos jovens Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010)
Otimizaram o tempo gasto por conteúdo - afinal, as informações no TikTok precisam ser passadas em menos vídeos de 1 minuto
Com isso, mais precisamente há 3 dias atrás, o TikTok bateu 3 bilhões de downloads, se tornando o primeiro aplicativo de mobile não pertencente ao Facebook a bater esse recorde.
Esse dado, sem dúvidas, nos mostra uma forte tendência do comportamento humano atual em buscar pelo dinamismo e pela criatividade proporcionada pela plataforma.
Não é atoa que o Instagram anunciou suas adaptações. Eles não tiveram escolha. É preciso dançar conforme a música, literalmente.
Pode ser frustrante para muitos que, assim como eu, preferem publicações estáticas, fotos de canecas de café e algumas fotinhos no espelho. Mas não há tempo para choramingos pois há muito o que nos aprimorarmos.
Não se trata apenas dos anúncio do Instagram ou da potência que tem se mostrado o TikTok. Se trata do interesse das pessoas, do comportamento dos novos consumidores, da interações do público para/com uma marca.
Quem me acompanha aqui há mais tempo sabe que eu sempre defendi muito a diversificação das estratégias de marketing adotadas por uma empresa:
Não dependa apenas do Instagram, ou do TikTok que seja. Amplie seu conhecimento e entenda ações que possam trazer bons resultados dentro e fora da internet, principalmente. Mas esteja preparado para fazer os ajustes que forem necessários para manter seu business no jogo.
Não se enraize em estratégias que funcionaram um dia. As coisas mudam e precisamos ouvir e aceitar essas mudanças.
Lembre-se que nossa marca é um organismo vivo. Ela também precisa evoluir. Então porque não deixar o futuro nos mostrar qual caminho seguir?
The Olympic Games are back
Tenho certeza que boa parte de vocês esqueceu que as Olimpíadas 2020/2021 estão prestes a começar – Mais precisamente daqui 3 dias.
Não se culpe. Nosso calendário do último ano foi tão confuso, que pra ser sincera não tinha nem como acompanhar todas as mudanças e notícias. Nem mesmo desse evento tão maravilhoso de ser assistido.
Quem se lembra da última abertura das Olimpíadas que aconteceu no Rio de Janeiro com nossa musa eterna, Gisele, cruzando o Maracanã ao som de Garota de Ipanema? Nosssaa! Cheguei a arrepiar de novo só de lembrar.
Embora aquela abertura tenha tirado nosso fôlego e poderíamos usar a news toda para falarmos sobre isso, estamos aqui para focar nas novidades. Por isso, trouxe um funfact do mundo olímpico-marketeiro que pode ser interessante pra vocês também.
Patrocínio para todo lado
Mesmo que algumas empresas não possam bancar para estarem entre os patrocinadores oficiais das Olimpíadas, não significa que elas não queiram fazer parte do “bochico” de alguma forma e neste ano, será ainda mais fácil.
Pela primeira vez em muito tempo, os atletas poderão trabalhar com marcas que não sejam patrocinadores oficiais do evento. Anteriormente, os atletas olímpicos eram proibidos de trabalhar com seus patrocinadores durante o período de blackout - que são as semanas em que os jogos acontecem e quando muitos desses atletas estão no auge de sua popularidade – É por isso que Michael Phelps foi pego em maus lençóis em 2012, quando vazaram fotos de um shooting dele para Louis Vuitton durante o esse período (ele não perdeu suas medalhas porque nem ele nem a marca as vazaram intencionalmente).
Apesar da legislação ter mudado, ainda existem muitas regras que precisam ser seguidas. Uma delas é:
- Os atletas podem agradecer aos patrocinadores nas redes sociais (mas apenas sete vezes) e receber apenas uma mensagem de “parabéns” por patrocinador. Embora essas mensagens possam se referir aos Jogos Olímpicos com hashtags como "#ouro” ou "#prata", não podem mencionar diretamente os Jogos.
É nessas horas que me pego pensando como as celebridades, de uma forma geral, são objetificadas. Regular até a quantidade de vezes que a pessoa pode ser parabenizada pelo seu próprio patrocinador soa até um pouco desesperador.
Anyway, essas são literalmente as regras do jogo e nós, meros mortais, seguimos esperando pelas lindas campanhas, pelas historias de superação que estão por trás de muitos vitórias, e de algumas medalinhas para o nosso querido Brasil.
Fecho essa matéria com uma das minhas campanhas favoritas das Olimpíadas 2016.
Na próxima semana de newsletter, estou pensando em trazer um apanhado de vídeos publicitários inspiradores versão Olimpíadas 2021. O que acham?
Obs finais
Eu tinha separado resposta para a caixinha de perguntas e outras matérias, além dessas, para enviar para vocês ainda nessa edição mas, como senti que já escrevi muito por hoje e não tenho a pretenção de sobrecarregar o domingo de vocês, vou guardar para a próxima, combinado? Bom domingo a todos!
Caixa de perguntas
Dúvidas sobre estratégias sociais para sua marca?
Viu uma referencia que o (a) fez refletir?
Soube de alguma nova tendência e quer discutir sobre ela?
Refletiu sobre algum assunto em específico e quer compartilhar com alguém?
Manda pra mim! Quem sabe eu não possa te ajudar!
adorei a news Ana! Keep it coming 👏