AA News #4 | 👨🏽💻 Aquela com os donos do mundo
Tendências para 2021, collabs e o poder nas mãos de grandes CEO's
¡Hola chicos! Como están?
Saudações da Cidade do México, mais especificamente do bairro de Polanco, mais especificamente do apartamento mais lindo da vida - seguidores do AA no Instagram entenderão.
Aqui no México faz frio, mas nada comparado ao frio de Michigan que iremos encarar dentro de alguns dias. É engraçado como nós brasileiros imaginamos um México totalmente diferente do que realmente é….. Pra começar que quando pensamos no país, imaginamos algo que seja "logo ali", facinho de chegar. E na verdade são 9 horas de voo, 3 horas de fuso e faz parte do hemisfério norte. Ta muito mais para Estados Unidos do que para América Latina. A não ser pela língua, é claro.
Aqui tudo vai bem. As ruas são muito arborizadas, o bairro tem espaço para as pessoas correrem e passearem com as crianças, as pessoas são amigáveis e até param para você atravessar a rua. As bancas de jornais são na verdade bancas de guloseimas ou flores. Da vontade de comprar toda a vez que eu passo na frente.
Em resumo, tem sido uma boa experiência essa nossa de brincar de morar no México. Para todos que estão planejando viajar e precisam fazer quarentena em algum lugar, aqui pode ser uma boa opção :) Altamente recomendo.
Na edição de hoje:
- Who (actually) run the world?
- Tendências para 2021
- Fala que eu te escuto: a força das collabs
Tempo de leitura: 7 minutos e 40 segundos
Who run the world?
Minha ideia era trazer uma retrospectiva 2020 e tendências 2021, mas como o ano já começou agitado, gostaria, antes de tudo, compartilhar uma reflexão que tive durante minha aula de Geopolítica dessa semana: Quem são os verdadeiros "donos do mundo”?
Nas últimas semanas vimos apologia ao ódio e ideologias extremistas tomarem uma forma física, mas muitas dessas teorias já vinham sendo disseminadas nas Redes Sociais muito antes da invasão ao capitólio acontecer.
Sabemos que cada plataforma tem sua política específica e estão no seu direito de banir quem não as respeitam. Sabemos também que Donald Trump é um político super extremista. Agora, qual o direito dos grandes CEOs de calarem o presidente da república? E mais, porque só agora?
Mas como disse a estrategista Beatriz Guarezi em sua última edição da Bits to Brands: “Há muito o que se refletir sobre essa tomada de decisão".
O fato de como as Redes Sociais podem nos controlar, manipular e influenciar ja é inquestionável (vimos isso mais detalhadamente com a vinda do documentário O Dilema das Redes). Agora, desativar a conta de uma das maiores autoridades mundiais é algo que deveria nos deixar em alerta.
Será que a mensagem a ser interpretada aqui é: "Quem manda nisso tudo sou eu” ?
Veja, não estou defendendo posicionamento de político nenhum, muito menos julgando a atitude tomada pelas plataformas sociais. Se a decisão foi certa ou não, não estou aqui para julgar, mas sim trazer um questionamento sobre tamanho poder estar nas mãos de tão poucas pessoas – Neste caso, nas mãos dos CEO's das maiores empresas de tech do mundo.
To errada em pensar assim? Para mim é sim um tema a ser refletido. Deixo no ar, também, para ouvir a opinião de vocês!
Tendências para 2021
Marketing, Influenciadores & Redes Sociais
D&I - Diversidade e Inclusão
Se acostumem com essa sigla pois ao longo de 2021 vocês vão se deparar com ela cada vez mais. Diversidade e Inclusão é um tema que vem ganhando força e espaço não só na comunicação das marcas, mas também na cultura de muitas startups e empresas tradicionais que vão PRECISAR se reinventar e quebrar suas barreiras tradicionais para se encaixarem aos novos tempos.Instagram e Facebook
A dupla favorita do Zuck esta expandindo e se aperfeiçoando cada vez mais como uma plataforma menos social e mais comercial. Basta relembrarmos a super mudança que o Instagram adotou nos últimos meses reestruturando sua interface e dando um destaque especial para a sacolinha de compras, permitindo que compras sejam feitas com um único clique. Tudo sem precisar deixar a rede social.
O Facebook nem se fala. Há muito tempo que a rede “primogênita” de Zuckerberg é focada quase que 100% nos anúncios. É uma rede social esta mais para revista de propaganda. Seu conteúdo é entregue contanto que seja pago. Caso contrário, você praticamente cai no esquecimento.Ads is soooo last year
Falando em plataformas cada vez mais comerciais, falamos também em dinheiro investido para sua marca ter algum destaque em meio a um mar de conteúdos. Resultado: movimento de marcas procurando alternativas em conteúdos e parcerias, para se divulgar.
Puxando um gancho nessa questão do “monopólio” das redes sociais como estratégia de divulgação de marca, recentemente ouve o caso da marca Bottega Veneta ter se dado ao luxo de ficar offline, alegando que as plataformas sociais estavam massificadas demais para o seu produto. Mas será que foi só por isso? Será que podemos considerar o movimento também como um "grito de liberdade” para um segmento que tem poder o suficiente para ditar as próprias regras de divulgação? Deixo aqui a reflexão.Influenciadores
Se você achava que a onda dos influenciadores já atingiu seu ponto alto, está redondamente enganado. Exatamente pelo fato das redes sociais estarem se colocando cada vez mais como uma plataforma comercial, as pessoas buscam desesperadamente por conteúdos genuínos, vindo de pessoas das quais elas possam se inspirar. Influenciadores que saibam produzir um conteúdo cada vez mais "natural” terão o poder em suas mãos. Anota aí:Foque em diversidade e inclusão (Mas precisa ser uma preocupação genuína. Não só para passar uma imagem)
Vídeos estão com tudo - viva o TikTok!
As edições com cara de "não editados” saem na frente
Produza um conteúdo que tenha valor real para o público
Keep that in mind: micro e nano influenciadores tem muito mais influencia que as pessoas com milhões de seguidores
Experiências, Espaços & Design
Os escritórios terão que nos conquistar de volta
Porque voltar para uma rotina caótica, corrida e com trânsito se já foi mais que comprovado que é possível trabalhar e ter uma bela qualidade de vida? Se os escritórios querem ter seus trabalhadores de volta, é imprescindível que os mesmos pensem em uma moeda de troca: espaços agradáveis, experiências que melhorem a vida de seus funcionários, espaços para lazer e relaxamento…Design: + Espaço por favor
Não só os escritórios precisaram passar por uma reforma/reestruturação, mas todas os projetos futuros, especialmente comerciais, precisarão levar em conta o pé direito alto e as salas espaçosas para que não haja tumulto. Os decoradores precisarão ser criativos quanto a dinâmicas das festas e os eventos em áreas internas terão que ter mais espaçamento entre os móveis. Sem dúvida o ambiente pensado para que as pessoas se sintam "seguras” é o grande diferencial e aposta para os próximos anos.Rotinas de trabalho mais remotas e flexíveis
Reforçando aqui a tal da qualidade de vida em relação as rotinas de trabalho. Esperem uma rotatividade nos escritório, mais pessoas trabalhando de casa (ou de onde elas quiserem), muito mais confiança nos funcionários e muito mais resultados.
Além do mais…
China: a super potência
Mesmo a pandemia de 2020 ter sido originada na China, o país nos mostrou uma recuperação rápida, crescendo 4,3% no terceiro trimestre do último ano. Abrindo aspas para o escritor, André Carvalhal, isso coloca a China em uma posição privilegiada para garantir um lugar como superpotência dominante no mundo nos próximos anos”.O destino do cinema
Ah os cinemas…. nosso queridinho sofreu muito durante o último ano. Aquela experiência que eu imaginei ser intocável, foi provada que também precisa se reinventar para se manter uma opção de lazer atrativo para as pessoas. Explorar o conceito de espaços sociais e locais de encontro são uma forte opção.Em compensação, os serviços de streaming ganharam força e além de transmitirem, agora, também produzem. Basta pensar que a premiação do Oscar deste ano vai ser praticamente de produções Amazon Videos e Netflix. Devemos esperar uma parceria entre cinemas e streaming nos próximos anos.
Turismo por assinatura?
É estranho pensar no conceito de turismo por assinatura, né? Ainda mais as pessoas que adoram uma viagem estilo taylor-made. Mas, como a indústria das viagens foi seriamente abalada no último ano, apostas são feitas no formato de viagens por assinatura para serem utilizadas/remarcadas dentro de um determinado período e dando acesso aos assinantes a descontos e benefícios especiais. Será que cola?Uma nova onda de empreendedores?
Lockdown + ápice do frio em Michigan = TikTok. Durante essa pandêmia, pude acompanhar, através dessa nova plataforma social, a onda de novos empreendedores americanos que, abalados pela crise, optaram por não depender mais de um mercado de trabalho incerto e turbulento e apostarem em seus sonhos. Com certeza é uma tendência que vai/já está influenciando o público brasileiro a confiarem e apostarem no seu próprio sonho. Eu incentivo :)
Fala que eu te escuto…
Como as collabs tem tido impacto nas redes sociais, né? É uma forma de unir forças. O que você optaria: Fazer uma parceria com alguém que esteja no mesmo segmento ou mesmos temas que você, assim você impacta um público que futuramente pode ser o seu, ou ser criativo e ousar na escolha do parceiro, trazendo mais impacto para a sua ação de marketing?
Que legal receber essa pergunta. Bom, antes de começar a responder qualquer coisa quero deixar registrado o trabalho maravilhoso que tenho visto a @m.a.n.du fazer nas redes sociais. Ainda não tive oportunidade de provar a consultoria de estilo, mas não tenho dúvidas que é uma entrega nota 10. Já fica aqui minha indicação!
Respondendo sua pergunta, minha resposta seria, sem dúvidas nenhuma, fazer parceria com alguém do meu segmento. Alguém que já converse com o mesmo público que eu.
Hoje, está cada vez mais desafiador encontrar seu público, seu nicho. Ter a oportunidade de fazer parceria com pessoas que eu já sei falarem com as mesmas pessoas que gostaria de falar, é uma oportunidade imperdível.
Isso não significa que fazer parcerias com quem não seja do mesmo mercado que você não seja bom. Com certeza é. Parcerias são sempre bem vindas. Mas, tenha em vista que a uma parceria com outra marca/pessoa que converse com o mesmo público que você , vai gerar muito mais conversão do que se fosse ao contrario.
Agora é com você!
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